de você me faltam as conversas fáceis, o “dia!” e “noite!” todo dia, o cheiro, o gosto, o som da risada, os olhos nos olhos, os abraços, o ombro pra encostar no cinema, as indicações de filmes, uma troca de colo no sofá, competição sobre falta de melanina, as piadas bestas, a sensação de intimidade, uma preguiça na cama até a fome nos expulsar, a conchinha, o corpo quente e inquieto pra dormir, o peito pra deitar e o pescoço pra cheirar ao acordar. faltam aquelas panquecas de banana que nunca vou fazer, aquele jantar no chinês que nunca iremos, aqueles quadrinhos que você nunca vai me emprestar, as tardes no sofá com o violão que você nunca vai tocar, falta mais um tanto que não vou contar.
de você me sobram as conversas que temos na minha cabeça, os vazios, as faltas e as vontades.